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Energia a partir da biomassa florestal: realidade ou eterna utopia?

Fevereiro 21, 2018
Author: Marcelo Schmid

A produção de energia a partir da biomassa de espécies florestais, principalmente de eucalipto, vem ganhando destaque no Brasil.

As perspectivas são otimistas, pois a recuperação da economia do país acarreta em maior demanda energética, seja em função da produção industrial, seja no consumo doméstico ou até com a maior produção agrícola, que demanda madeira para a secagem de grãos e geração de vapor nas caldeiras.

Além disso, o Acordo de Paris, realizado durante a COP 21 em 2015, é um fator que pode contribuir para o desenvolvimento desse segmento uma vez que o Brasil, em sua Contribuição Nacionalmente Determinada, comprometeu-se a reduzir as emissões de gases de efeito estufa a partir da restauração e reflorestamento de 12 milhões de hectares de florestas, bem como alcançar uma participação estimada de 45% de energias renováveis na composição da matriz energética em 2030.

Isso se concretiza na abertura nos editais da ANEEL para as fontes renováveis de energia (entre elas a biomassa) nos leilões de energia em 2017. Apesar de atualmente o bagaço de cana ser a principal fonte para geração de energia a partir da biomassa, espera-se que outras fontes com maior potencial calorifico - como a madeira de eucalipto - ganhem espaço nas próximas décadas, conforme a projeção feita pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) (Figura 1).

 

Figura 1 - Potencial de oferta de bioeletricidade por fontes - BrasilBrazil_Feb_2_2018.pngFonte: EPE, adaptado

 

Outro negócio relevante é a micro e minigeração de energia. As matrizes de micro e minigeração distribuída são centrais geradoras de energia elétrica com potência de até 75 kW (microgeração) ou de até 5MW (minigeração), abastecidas por cogeração qualificada ou fontes renováveis de energia, sendo regulamentadas pela ANEEL por meio da Resolução Normativa nº 482/2012. O sistema permite que os empreendimentos instalem centrais geradoras para abastecer seu consumo energético que sejam conectadas à rede de distribuição, de modo que o excedente energético seja injetado na rede e gere créditos para abatimento do consumo de energia elétrica da unidade consumidora. O investimento se paga uma vez que a energia gerada pelas unidades de pequeno porte é significativamente mais barata do que a energia elétrica distribuída na rede comum, em função dos custos de distribuição e da menor incidência de impostos. É possível, ainda, adicionar diversas unidades consumidoras à mesma unidade geradora, por meio de gestão compartilhada (cooperativas ou consórcios).

O Brasil está em posição avantajada, uma vez que o país possui grandes áreas plantadas com eucalipto e que seu ciclo é um dos mais curtos e com maior produtividade do mundo. A geração de energia a partir do eucalipto é uma oportunidade para regiões onde o mercado para os demais segmentos do setor florestal, como painéis e madeira serrada não é desenvolvido e onde o sítio não é o mais produtivo. A utilização de áreas disponíveis, como pastos abandonados também é uma possibilidade para o aumento da oferta de biomassa florestal.

Apesar das perspectivas positivas, ainda não foram vistos muitos projetos concretizados. Um dos leilões de energia de 2017, o A6, contratou apenas seis projetos de térmicas a biomassa com 177 MW de potência (de um total de 63 projetos contratados) e o preço médio - de R$216,82/MWh - foi abaixo do esperado, fechado com decréscimo de 34,1% em relação ao máximo estabelecido pela ANEEL. O leilão A4 também foi decepcionante para a biomassa, com apenas 1 projeto de geração a biomassa contratado de um total de 25 projetos.

Somando-se a isso, a Forest2Market do Brasil, em um de seus estudos de mercado, detectou dois projetos de geração de energia a biomassa florestal em Minas Gerais, nenhum dos quais foram efetivados até o momento, em função do baixo preço pago pela energia e em função da distância da floresta até a unidade geradora, que acarreta em custos de transporte elevados.

Segundo a ANEEL, a matriz energética brasileira conta com 93 usinas de biomassa florestal gerando aproximadamente 3 milhões de kW. Entretanto, alguns desafios precisam ser enfrentados, como a viabilidade de projetos desse gênero, sensível ao preço pago pela energia e custos de transporte da biomassa até a geradora. Além disso, as limitações técnicas e aspectos legais devem ser aprofundados.

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