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O Brasil terá um novo player no mercado de celulose ainda em 2017?

Junho 23, 2017
Author: Marcelo Schmid

O Brasil possui papel de destaque no mercado de celulose, pois é o maior produtor mundial de celulose de fibra curta, oriunda de florestas de eucalipto. Essa posição é explicada por diversos fatores, mas certamente as condições naturais propícias ao crescimento das florestas aliadas ao melhoramento genético são os principais deles.

As condições para o crescimento das árvores no Brasil são tão favoráveis que compensam custos significativos da cadeia produtiva da celulose (por exemplo, a logística) e resultam em um custo unitário reduzido de produção, quando comparado a outros players do mercado, tornando o produto bastante competitivo no mercado global.  O custo de produção da celulose brasileira é próximo a US$ 235/tonelada, enquanto que nos Estados Unidos pode chegar a US$ 420/tonelada.

A competitividade global da celulose brasileira atraiu (e continua atraindo) nos últimos anos dezenas de bilhões de dólares em investimentos no setor, que atualmente conta com mais de dez fábricas de capacidade produtiva superior a 1,1 milhão de toneladas por ano. Curiosamente, a maior parte do capital investido em tais unidades é gerenciado por grupos nacionais, como Fibria, Suzano, Klabin e Eldorado, e algumas são pertencentes a grupos estrangeiros, como CMPC, Cenibra e International Paper.

Aliada à competitividade brasileira neste segmento, o crescente consumo mundial por produtos oriundos de celulose gera – de tempos em tempos - demanda para a expansão da produção nacional, atualmente superior a 18 milhões de toneladas de celulose por ano. O aumento da demanda ocorrido nos últimos anos foi atendido pelo mercado nacional tanto pela instalação de novas fábricas, a exemplo da fábrica da Eldorado Brasil, instalada em Três Lagoas, Mato Grosso do Sul em 2012, ou pela ampliação de unidades existentes, como por exemplo, a CMPC, instalada em Guaíba, Rio Grande do Sul, que teve sua capacidade de produção duplicada pela construção de uma nova linha em 2016.

 A ampliação de fábricas existentes e a chegada de novos players ao mercado brasileiro de celulose é um boato recorrente no país. As especulações sobre fusões, parcerias e desinvestimentos idem. Nos últimos anos muito se falou sobre o desenvolvimento de uma terceira (e grande) fábrica de celulose em Mato Grosso do Sul, após a instalação de Fibria e Eldorad0, ambas em Três Lagoas. O projeto da fábrica chegou a ser licenciado por um grupo do próprio estado de MS, o qual possuía uma área bastante interessante para instalação do empreendimento no município de Ribas do Rio Pardo. Uma base florestal inicial foi formada (cerca de 30 mil hectares), porém, os idealizadores não conseguiram atrair investidores e o ativo florestal foi vendido para outro player do Estado e o projeto voltou à estaca zero.

No final do mês de maio o segmento da celulose foi impactado com mais um boato: o Grupo J&F, controlador da Eldorado Brasil, teria colocado a empresa à venda. Tais rumores ganharam peso após a expectativa de que o Grupo terá de vender alguns de seus negócios para preservar a principal empresa do grupo, a JBS, pois o Grupo (com destaque à Eldorado) estão envolvidos em escândalos de corrupção no Brasil, delatados pelo seu próprio proprietário.

Embora o boato tenha sido inicialmente negado pela própria empresa, nas semanas seguintes a notícia ganhou corpo e novos boatos. De forma surpreendente para parte do mercado, que acredita que a Eldorado será comprada por um dos grandes players da celulose nacional, como Fibria e Suzano, o Grupo J&F confirmou no início desta semana a assinatura de um acordo de confidencialidade com a Arauco sobre as negociações entre os dois grupos envolvendo a Eldorado. Segundo outro comunicado, emitido pela Arauco, a empresa teria feito oferta superior a R$ 11 bilhões, incluindo dívidas, para comprar a Eldorado.

A Arauco é uma companhia florestal de origem Chilena com cerca de 50 anos de história. É uma das cinco maiores empresas de produtos de base florestal do planeta, com 30 plantas de produção no Chile, Argentina, Brasil, Uruguai, Estados Unidos e Canadá. A produção florestal da empresa é divida entre os segmentos de celulose, madeira serrada e painéis de madeira e, para tanto, a Arauco conta com uma base de florestas superior a 1,6 milhões de hectares, distribuídos entre Chile, Argentina, Brasil e Uruguai.

Embora a celulose seja o principal segmento de negócio da Arauco, a empresa não fábricas no Brasil. As fábricas de celulose estão localizadas no Chile, Argentina e Uruguay (onde possui participação da empresa Montes Del Plata), enquanto que no Brasil a Arauco possui apenas duas fábricas de painéis de madeira no Paraná. As áreas florestais da empresa estão concentradas neste estado, porém curiosamente, a Arauco possui um ativo florestal de 40 mil hectares em Mato Grosso do Sul, ativo este que não estava vinculado a nenhum projeto industrial.

A Forest2Market do Brasil vê com bons olhos a chegada de um “novo” player ao mercado nacional de celulose. Há cerca deRMS pulp logs.jpg três anos a Eldorado havia anunciado o início do processo de ampliação de sua fábrica, porém, a vizinha Fibria foi mais ágil, furou a fila e ainda em 2017 deve colocar em operação a nova linha da empresa, em Três Lagoas. Considerando o atual momento que vive o Grupo J&F a ampliação da Eldorado, que já era objeto de dúvida por alguns analistas de mercado, havia sido praticamente descartada. Com a possível aquisição da Eldorado pela Arauco, uma empresa global, de grande envergadura financeira, a retomada dos planos de expansão é bastante provável.

No que depender da Arauco, as negociações devem ser ágeis. O mercado de celulose global está em um momento propício para o Brasil, com aumento de demanda e dificuldades dos principais concorrentes em atender tal demanda. Além disso, a Arauco está em um momento positivo: no primeiro trimestre de 2017 a empresa teve um aumento de 1,1% em suas receitas e de 12,2% em seu EBITDA, em relação ao trimestre anterior. O principal driver deste aumento foi a celulose, segmento que apresentou um aumento de EBITDA de 37,8% em relação ao último trimestre de 2016 e de 20,5% em relação ao primeiro trimestre de 2016.

As notícias levam o mercado a crer que o Brasil terá, ainda em 2017, um novo player no mercado de celulose. Desta vez não se trata de uma empresa nova no Brasil, porém, da mesma forma também não se trata de um player já existente no mercado nacional da celulose, mas de uma empresa tradicional, de forte atuação no mercado global de celulose e reconhecido capacidade de gerenciar bons negócios. A vinda da Arauco para o mercado de celulose brasileiro será bastante positiva.

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