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O ressurgimento do mercado de pinus no Brasil

Setembro 29, 2017
Author: Marcelo Schmid

Nos últimos dias 12 a 14 de setembro, a cidade de Portland, Oregon, na região oeste dos Estados Unidos, se tornou a capital mundial dos investimentos em terras florestais, com a realização da conferência Who Will Own the Forest 13. O evento acontece todos os anos, no mês de setembro, na sede do World Forestry Center, instituição internacional dedicada à promoção de atividades florestais sustentáveis e tem como patrocinadores as mais importantes empresas de gestão de investimento em terras florestais do mundo, a exemplo de Hancock, Forest Investment Associates (FIA), Global Forest Partners (GFP), Brookfield, BTG Pactual e Campbell Global, além de fundos de investimento e outras empresas ligadas ao setor florestal.

Convidado pelo terceiro ano consecutivo a organizar o painel dedicado à América do Sul, desta vez o diretor da Forest2Market do Brasil, Marcelo Schmid, ministrou uma palestra abordando um tema bastante pertinente ao momento do setor florestal Brasileiro: o ressurgimento do mercado de pinus.

Nos últimos 6 a 7 anos os investimentos em timberland no Brasil foram guiados pela demanda mundial por celulose. Neste período a produção de celulose no país pulou de 14,2 milhões de toneladas em 2010 para 18,5 milhões de toneladas em 2016 e a área plantada de eucalipto foi de 3,8 para 5,7 milhões de hectares no mesmo período, conforme mostra a figura 01.

 

Brazil_Oct_1.pngFonte: IBÁ e F2M do Brasil

Figura 01. Evolução da área de eucalipto x consumo doméstico e exportação de celulose pelo Brasil

 

Se por um lado a produção de celulose no Brasil é guiada pelo mercado global, por outro se observa que os demais mercados, como madeira serrada, painéis e energia, são guiados pelo mercado doméstico, como demonstra a figura 02. A destinação de toras de madeira para tais usos acompanhou o declínio da economia a partir 2012.

 

Brazil_Oct_2.pngFonte: IBÁ e F2M do Brasil

Figura 02. Evolução da destinação de toras para celulose & para outros usos X evolução do Produto Interno Bruto (PIB) no Brasil nos últimos dez anos

 

A partir de 2010, com base no recesso econômico e no crescente consumo global de celulose (combinado com o câmbio relativamente favorável), diversos investidores passaram a olhar os plantios de eucalipto como melhor alternativa para investimento no Brasil. Algumas TIMOs, inclusive venderam seus ativos de pinus para concentrar seus esforços de gestão somente de áreas de eucalipto.

Como resultado da aparente atratividade dos plantios de eucalipto, alguns estados tiveram grande aumento na área de plantio desta espécie. O Mato Grosso do Sul certamente é o caso mais emblemático, pois a área plantada cresceu 09 vezes em apenas 10 anos. Movido pela crença no mercado global de celulose e pela instalação de duas grandes fábricas (Fibria em 2009 e Eldorado em 2012), o governo de Mato Grosso do Sul incentivou intensivamente o plantio de eucalipto no estado, contando com a expansão das fábricas e com a possível vinda de uma terceira planta. Embora a expansão da Fibria tenha acontecido no início do segundo semestre de 2017 a esperada expansão da Eldorado não aconteceu. Como resultado, segundo estudo de mercado feito pela Forest2Market do Brasil, existem atualmente em Mato Grosso do mais de 190 mil hectares de plantios de eucalipto em excesso, sem demanda garantida.

Enquanto isso, no mercado de pinus...

Embora a crise econômica brasileira tenha afetado segmentos de mercado voltados à economia interna – como a maioria das indústrias consumidoras de pinus - percebe-se que nos estados tradicionalmente produtores da espécie, não houve retração da área de plantio e, em alguns casos (como o Paraná), foi observado até mesmo um pequeno aumento da área de plantio, conforme apresenta a figura 03.  

 

Brazil_Oct_3.pngFonte: IBÁ e F2M do Brasil

Figura 03. Evolução da área plantada de Pinus em São Paulo e nos estados da região Sul

 

A manutenção (ou aumento) da área de plantio de juntamente com a intensa procura de diversas TIMO’s em aquisição de florestas já formadas de pinus na região Sul do país, após a “onda” de investimentos em projetos greenfield de eucalipto, é um dos indicadores da retomada do interesse do mercado investidor pelo pinus.

Novos drivers para os investimentos florestais brasileiros

Alguns fatores tradicionalmente conhecidos explicam a atração de investidores para o pinus, como a existência de um mercado de toras consolidado e dinâmico, silvicultura e manejo bem dominados, custos de implantação mais controlados (quando comparado ao eucalipto) e o fato de que a própria cultura do pinus é mais familiar ao investidor norte-americano do que o eucalipto.

A partir de 2017 a Forest2Market do Brasil tem observado que, além dos fatores listados acima, novos drivers têm impulsionado os investimentos florestais no Brasil (e beneficiado o mercado de pinus):

  1. A economia brasileira começa a dar sinais de recuperação, mostrando modesta melhoria em indicadores de mercado e promovendo a retomada de atividades de segmentos voltados ao mercado doméstico, como por exemplo, embalagens e painéis;

  2. Os volumes demandados pelo mercado global de produtos de madeira sólida são crescentes. Os Estados Unidos, por exemplo, exportam 40 milhões de toneladas de madeira serrada por ano. Historicamente os EUA teve o Canadá como fornecedor de 90% deste volume, porém, a partir de 2017 ambos os países iniciaram uma árdua discussão tarifária que já reduziu as exportações de madeira canadenses para os EUA em 9% durante o primeiro semestre, assunto que também foi amplamente debatido na Conferência em Portland.

    Diante deste cenário o país precisará de novos e confiáveis fornecedores, criando oportunidades para países produtores de madeira serrada como o Brasil que, apesar de ter aumentado suas vendas para os EUA nos últimos anos, tem muitas oportunidades a serem exploradas com esse novo cenário de mercado.

 

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